“VG pertence a nós; não é de família Campos”, diz Moretti

A advogada Flávia Moretti e o empresário Tião da Zaeli, ambos do PL, foram oficializados como candidatos à Prefeitura de Várzea Grande nesta quinta-feira (1º). 

Durante a convenção, eles criticaram a atual gestão do município e citaram “promessas não cumpridas pelo grupo que está há décadas no poder”.

"Várzea Grande pertence a nós, ela pertence ao povo, aos cidadãos várzea-grandenses. Não é da família A, não é da família B, não é da família Campos. Pertence a nós, e é por isso que eu aceitei esse desafio", disse Moretti.

Ela afirmou que se mudou para Várzea Grande sonhando com o desenvolvimento do município.

"Cheguei em Várzea Grande em fevereiro de 2002, fui advogada, trabalhei em eleições, fui assessora na Câmara Municipal, fiquei na presidência da OAB por 12 anos, participei de centenas de audiências públicas em Várzea Grande, briguei pela rodoviária, pelo IML, pela delegacia. Eu não estou aqui à toa. Deus preparou o meu caminho", disse.

Ela também falou sobre o período em que foi secretária de Desenvolvimento Urbano do município, durante a administração de Tião da Zaeli.

"Ele queria trazer empresas que não podiam se instalar. Não havia lei no município, não havia legislação que permitisse trazer grandes empresas, e nós fizemos isso. Nós destravamos a obra do shopping, da Havan e as obras de mobilidade urbana. Eu dei o alvará do único viaduto de Várzea Grande, o único shopping de Várzea Grande, fui eu que assinei o alvará. Nós geramos renda e emprego. Renda de qualidade, empregos de qualidade. Eu tenho história. Fui preparada para estar aqui neste lugar. E mais, estou preparada para estar na Prefeitura de Várzea Grande", afirmou Moretti.

O candidato a vice-prefeito, Tião da Zaeli, classificou o prefeito Kalil Baracat como "gerente" da Prefeitura, pois não tem autonomia para administrá-la. Ele ainda afirmou que as promessas feitas na década de 80 pela família Campos seguem sem ser cumpridas.

"Estou há 47 anos em Várzea Grande e, se vocês pegarem o plano de governo dos coronéis que aí estão, eles não cumpriram nem o de 82. Eu queria achar o plano de governo deles de 1982, que eles não cumpriram até hoje. Em 82, eles prometiam universalizar a água, fazer esgoto e criar, de verdade, uma Cidade Industrial. O que eles fizeram? O último prédio daqui foi construído há 26 anos. Se isso não incomoda a eles, a mim incomoda", criticou Tião da Zaeli.

Segundo Tião, o atual prefeito não tem autonomia nem para transferir uma merendeira de uma creche para outra.

"A nossa cidade não tem prefeito, tem gerente, e o coronel que é senador está com desvio de função, porque é senador e prefeito ao mesmo tempo. Ele governa a prefeitura por telefone. Lá do Senado, fica recebendo ligações e dizendo o que é para fazer. Isso não é admissível em uma cidade desse tamanho. A mim incomoda. E um dos principais motivos pelos quais aceitei esse desafio é que a prefeitura está muito pior do que quando eu a deixei", afirmou.

"Na merenda escolar, havia quatro tipos de frutas. Hoje, as crianças estão comendo ovo e arroz. Isso me incomoda profundamente porque eu sei que o dinheiro da merenda é carimbado. Tem dinheiro para comprar. Muitas famílias pobres dependem da alimentação escolar. Nós sabemos disso. Isso me incomoda".